quarta-feira, 2 de abril de 2008

Sumário - 1º Trimestre



Paralelismo;
Formas Nominais;
Orações Reduzidas;
Parnasianismo;
Simbolismo;
Elementos da Página 52.

Paralelismo


distraída na verdura
a garça branca
repousa sobre uma perna só

apodrecido na morte
o soldado preto
nem pernas tem

BARBEITOS, Arlindo

Paralelismo
caracteriza-se pela construção equivalente de dois fragmentos de um mesmo enunciado.
O poema acima, escrito pelo angolano Arlindo Barbeitos é um exemplo clássico de paralelismo, pois em um mesmo poema ele mostra um lado feliz:

distraída na verdura
a garça branca
repousa sobre uma perna só

E um lado triste:

apodrecido na morte
o soldado preto
nem pernas tem

A importância do paralelismo é que ele deixa a frase (estrofe) oposta uma a outra. Uma alegre e a outra triste, podendo assim utilizar recursos gramaticais, como algumas figuras de linguagem.

*Metáforas - é uma figura de estilo (ou tropo linguístico), que consiste numa comparação entre dois elementos por meio de seus significados imagísticos, causando o efeito de atribuição "inesperada" ou improvável de significados de um termo a outro.

* Antíteses - é uma figura de linguagem(figuras de estilo) que consiste na exposição de idéias opostas. Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos.

O Paralelismo torna o texto muito mais precioso, foi usado especialmente na literatura barroca e se tronou muito importante na literatura.

Formas Nominais


São 3 as formas nominais dos verbos:

01) Infinitivo:
São as formas terminadas em ar, er ou ir.

02) Gerúndio:
São as formas terminadas em ndo.

03) Particípio:
São as formas terminadas em ado ou ido.

Infinitivo: indica a ação propriamente dita, sem situá-la no tempo, desempenhando função semelhante a substantivo. Pode apresentar-se flexionado e não-flexionado. Será denominado flexionado quando possuir desinência verbal. A primeira pessoa do singular (eu) e a terceira pessoa do singular (ele, ela, você) são representadas pelo infinitivo não-flexionado.

Por exemplo:
Era para eu falar
Era para tu falares
Era para ele falar
Era para nós falarmos
Era para vós falardes
Era para eles falarem

Particípio: indica uma ação já acabada, finalizada, adquirindo uma função parecida com a de um adjetivo ou advérbio.

Ex: Finalizado o trabalho, pude ir para casa.

Gerúndio - exprime um fato em desenvolvimento e exerce funções próprias do advérbio e do adjetivo.

Ex: Estou fazendo o portifólio de Língua Portuguesa.

Oração Reduzida

Orações Reduzidas são aquelas que apresentam o verbo numa das formas nominais, ou seja, infinitivo, gerúndio e particípio.
As orações reduzidas de formas nominais podem, em geral, ser desenvolvidas em orações subordinadas.
Essas orações são classificadas como as desenvolvidas correspondentes. As orações reduzidas não são introduzidas por conectivo. No caso de se fazer uso de locução verbal, o auxiliar indica se se trata de oração reduzida ou não.

Alguns tipos de Orações reduzidas:

Substantivas subjetivas: são aquelas que exercem a função de sujeito do verbo de outra oração.

Substantivas objetivas diretas: são aquelas que exercem a função de objeto direto.

Substantivas objetivas indiretas: são aquelas que funcionam como objeto indireto da oração principal.

Substantivas predicativas: são aquelas que funcionam como adjetivo da oração principal.

Substantivas completivas nominais: são aquelas que funcionam como complemento de um nome da oração principal.

Substantivas apositivas: são aquelas que funcionam como aposto da oração principal.

Adjetivas: são aquelas que funcionam como adjetivo da oração principal.

Adverbiais: são aquelas que funcionam como adjunto adverbial da oração principal.
Ex: Terminada a aula, os alunos retiraram-se da classe. (temporal)
Reconhecido seu direito, teriam tido outro comportamento. (condicional)
Acossado pela política, não se entregou. (concessiva)
Quebradas as pernas, não pôde correr. (causal)

Parnasianismo


Origens: Movimento literário surgido na França em meados do século XIX, em oposição ao romantismo, o parnasianismo representou na poesia o espírito positivista e científico da época, correspondente ao realismo e ao naturalismo na prosa.

O parnasianismo surgiu timidamente no Brasil nos versos de Luís Guimarães Júnior (1880; Sonetos e rimas) e Teófilo Dias (1882; Fanfarras), e firmou-se definitivamente com Raimundo Correia (1883; Sinfonias), Alberto de Oliveira (Meridionais) e Olavo Bilac (1888; Poesias).
O parnasianismo brasileiro, a despeito da grande influência que recebeu do parnasianismo francês, não é uma exata reprodução dele, pois não obedece à mesma preocupação de objetividade, de cientificismo e de descrições realistas. Foge do sentimentalismo romântico, mas não exclui o subjetivismo.

Sua preferência dominante é pelo verso alexandrino de tipo francês, com rimas ricas, e pelas formas fixas, em especial o soneto. Quanto ao assunto, caracteriza-se pelo realismo, o universalismo e o esteticismo. Este último exige uma forma perfeita quanto à construção e à sintaxe. Os poetas parnasianos vêem o homem preso à matéria, sem possibilidade de libertar-se do determinismo, e tendem então para o pessimismo ou para o sensualismo.
Além de Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac, que configuraram a trindade parnasiana, o movimento teve outros grandes poetas no Brasil, como Vicente de Carvalho, Machado de Assis, Luís Delfino, Bernardino da Costa Lopes, Francisca Júlia, Guimarães Passos, Carlos Magalhães de Azeredo, Goulart de Andrade, Artur Azevedo, Adelino Fontoura, Emílio de Meneses, Augusto de Lima e Luís Murat.

Características: Principais Características:

Poesia
Sem participação social
Impessoalidade
Descrição de forma objetiva
Linguagem formal e amor pela perfeição formal(métrica, formas fixas), vocabulário rico
Mulher descrita pelas formas ( sensual)
Arte pela arte
Poeta comparado ao ourives
Temática: Antiguidade, Mitologia e Bíblia
Não apresenta melodias
Principal Poesia: Profissão de Fé de Olavo Bilac
Principais Autores: Alberto de Oliveira, Olavo Bilac e Raimundo Correia

Simbolismo


O Simbolismo, movimento literário que antecedeu a Primeira Guerra Mundial (1913-1918), surge como reação às correntes materialistas e cientificistas da sociedade industrial do início do século XX. A palavra simbolismo é originária do grego, e significa colocar junto. Os simbolistas, negando os parnasianos, aboliram o culto à forma de suas composições. Resgatando um ideal romântico, os poetas desse período mergulharam no inconsciente, na introspecção do eu; entretanto o fizeram de maneira bem mais profunda que Garret, Camilo Castelo Branco e outros românticos.

Já na literatura, o simbolismo tem início no Brasil em 1893 com a publicação de dois livros: Missal (prosa) e Broquéis (poesia), ambos de Cruz e Sousa. Estende-se até o ano de 1922, data da semana de arte moderna.

O início do simbolismo não pode, no entanto, ser identificado com o termino da escola antecedente, Relismo. Na realidade, no final do século XIX e inicio do século XX três tendências caminhavam paralelas: O Realismo e suas manifestações (romance realista, romance naturalista e poesia parnasiana); O simbolismo, situado à margem da literatura acadêmica época; e o pré-modernismo, com o aparecimento de alguns autores preocupado em denunciar a realidade brasileira, como Euclides da Cunha, Lima Barreto e Monteiro Lobato, entre outros.

Cronologia:
Século XIX
Portugal: Publicação de Oaristo (1890) de Eugênio de Castro.
1915: Ano da Proclamação da República, com a publicação da Revista Orpheu.
Brasil:
1893, com a publicação de Missal e de Broquéis de Cruz e Sousa. Cabe lembrar que a poesia simbolista não teve no Brasil a mesma aceitação que na Europa. A divulgação dessa estética ocorreu paralela ao Parnasianismo.
1902, com a publicação de Canaã, de Graça Aranha.

Principais características do Simbolismo são:

Misticismo e espiritualismo:
Os simbolistas negam o espírito científico e materialista dos realistas/naturalistas, valorizando as manifestações místicas e mesmo sobrenaturais do ser humano.

Subjetivismo:
Os simbolistas terão maior interesse pelo particular e individual do que pelo geral e universal. A visão objetiva da realidade não desperta mais interesse, e sim a realidade focalizada sob o ponto de vista de una indivíduo.

Tentativa de aproximar a poesia da música:
Para conseguir aproximação da poesia com a música, os simbolistas lançaram mão de alguns recursos, como a aliteração, por exemplo.

Expressão da realidade de maneira vaga e imprecisa;

Ênfase na sugestão:Um dos princípios básicos dos simbolistas era sugerir através das palavras sem nomear objetivamente os elementos da realidade. Ênfase no imaginário e na fantasia

Percepção intuitiva da realidade
Para interpretar a realidade, os simbolistas se valem da intuição e não da razão ou da lógica.

Elementos da Página 52

II PAUSA PARA REFLEXÃO
Em seu caderno, responda as questões abaixo.

I. Que conteúdos deste capítulo você conseguiria explicar sem consultar o livro ?
R: Paralelismo, Parnasianismo e Simbolismo.

II. Consultando o livro, identifique os conteúdos que, na sua opinião, não foram bem compreendidos e merecem novas explicações ou atividades de reforço.
R: Orações Reduzidas (mais exercíos de reforço).

III. Que atividade(s) você considerou mais importante(s) para o seu aprendizado? Porque?
R: A apresentação dos grupos cooperativos sobre Simbolismo e Naturalismo.

IV. Em que aspectos poderá melhorar sua participação nas próximas aulas ?
R: Dependendo do assunto abordado na aula, posso prestar mais atenção.

V. Relação: O que você aproveita das outras disciplinas no seu contidiano?
R: Eu aproveito tudo que da para aproveitar.

Exemplos: Posso aproveitar Matemática em todos os aspectos do meu cotidiano, Biologia para conhecer a origem e reformular meus pensamentos sobre o que eu penso e o que está certo e errado biologicamente, Física para calcular se vou ou não chegar atrasado na escola, e milhares de outras coisas a mais.

VI. Sugestões para as próximas aulas:
Não concentrar as aulas só em assuntos de Literatura ou Redação mais também em assuntos voltados para a gramática e pequenas revisões dos conteúdos dos anos anteriores, para um melhor aproveitamento no vestibular.